A Universidade Estadual de Campinas tem passado por grandes transformações nos últimos anos— da democratização  do acesso a estudantes negres e indígenes, do fortalecimento de coletividades com foco na vivência até as emergentes lutas das organizações de pessoas trans, pobres, pretas e periféricas. Trata-se de um período em que as linguagens das artes, das políticas e das trajetórias de vida se constroem mutuamente e organizadas em coletivos que apontam para qual sociedade se quer, quais corpos também importam e quais espaços devem ser preservados e fomentados. Desta forma, a Moradia Estudantil da Unicamp e os movimentos sociais  negro, trans e de cultura presentes na universidade são o foco desta exposição pois constituem a memória das lutas, das conquistas e da constituição de espaços seguros e de solidariedade. Sob o olhar sensível da  fotógrafa manauara Rafa Kennedy “Para que não esqueçam!”.
Esta exposição é um importante trabalho que preserva e reivindica a memória das marchas antirracistas e da luta pela aprovação das cotas pelo Núcleo de Consciência Negra da Unicamp, das ações e vivências do núcleos de capoeira da Escola Angola e Resistência e de diferentes movimentações da coletividade Ateliê TRANSmoras, com ações na Unicamp, na moradia e na comunidade Menino Chorão. Trata-se de uma pequena amostra de um trabalho que já é reconhecido como o que há de mais sensível na iconografia sobre movimentações recentes na Unicamp, sobretudo no que diz respeito às lutas antirracistas e pelas cotas. 
Não à toa, o fio condutor desta exposição é a memória: olhar para o passado recente apontando para o futuro. Uma intervenção permeada por composição de retratos e trabalho fotojornalístico que atua como parte do levante antirracista e fortalece os sentidos de solidariedade e de se viver em coletivo. 
Esta exposição tem apoio financeiro da Dcult, órgão da Pró-reitoria de Extensão da Unicamp, como parte da seleção da  “Chamada para Apoio a Projetos Artísticos e Culturais em Tempos de Covid-19”. 
Ficha Técnica

Textos e Revisão:
Bruno Nzinga Ribeiro

Apoio:
Ateliê TRANSmoras, Unicamp, Dcult, ProEC & Sesc

Agradecimentos: 
Antonia Moreira, Bruno Nzinga Ribeiro, Vicenta Perrotta, Kali Uchis Dog, Kaê Etê, Casa Sem Preconceitos, Ateliê TRANSmoras, Casa Chama, Escola de Capoeira Angola Resistência - Núcleo da Mariana Resistência e Núcleo de Consciência Negra da Unicamp.

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